The Lair of Seth-Hades: março 2011
Arte: Meats Meier - http://beinart.org/artists/meats-meier/gallery/meats-meier-2.jpg

Presente do amigo Zorbba Baependi Igreja - artista plástico, poeta e um dos idealizadores da Revista Trimera de Letras e do Projeto Academia Onírica [poesia tarja preta].

LIRA ANTIGA BARDO TRISTE & LIRA NOVA BARDO TARDO

Galera, estou pondo uma conta PagSeguro à disposição, para quem [assumindo o risco por sua própria alma] tenha interesse em adquirir um de meus livros [Lira Antiga Bardo Triste ou Lira Nova Bardo Tardo]. O custo de cada exemplar é de R$ 10,00 + R$ 5,00 de frete. Valeu! :D

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Pag Seguro - compra dos livros

Carrinho de Compras

segunda-feira, 28 de março de 2011

ANTECIPO


ANTECIPO

Amanhã,
Vi o lado tempo
Eu vim cada pele
[Em tarde ser
Amanhã sendo]
Anacrônico de mim
Estopim assim
Rumoroso
De me vastar
Ou vais tu - que me fico
Cá;
Amanhã,
Violado o tempo,
Eu, vincada pele,
A ruminar lembranças,
A deglutir demoras,
Esperanças e anseios
– Seios todos
Nestas horas;
Pele, pergaminho
Percorrido um dia,
Marcada fica;
E se choro e rio,
Sem discernir
Do que me diz-dita-cuja
Em qual estar,
Choro é água
Rio é veio diz.sentir,
Mas quer afogar, e é só;
Quer, sendo afago
Da memória
Inglória
Do beijo
Que de novo
Quis se dar...
Amanhã,
Vi, ao lado, o tempo
[E dele quero distar,
Que já não me abraça,
E nem me toca]
Eu?! - Vem cá! Dá pele!
Dor avassaladora
Doura em sala ao lado
Quer?! Me dê.vastar!!!
Dês.dita
Que me é.dita
Nessa fita
Rememora
Em.cena
E me acena
À toda hora
O que se foi
O que deixei
O que já não sei
Se é que um dia hei...
Ei! Eis me aqui
Agora
Em antecipada hora.

Francisco de Sousa Vieira Filho

FOTO: VHILS a.k.a. AlexandreFarto - 14338_217534197408_102959537408_3216923_3641566_n.jpg

domingo, 27 de março de 2011

Na.TUr.AIS...


Na.TUr.AIS... (versão I)


Um profundo desejo de proteger
Tudo aquilo que fenece e chora
Arde-me ao peito e a toda a hora
Insiste, eu não possa me esquecer

Dessa dor que bem distante mora
Que é choro mais agudo agora
Que aquilo em que se possa crer
Do que não se pode defender

E ante ouvidos surdos, implora
Planta ou animal como que ora
Sem ter um que venha socorrer

Clamando ajuda que já se demora
Rogo inaudível?! Até se pode ver,
Quase tocar – incrível – ensurdecer,

Francisco de Sousa Vieira Filho 

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NA.TUr.AIS... (versão II)

Um profundo desejo de proteger
Tudo aquilo que fenece e chora
Arde-me ao peito e a toda a hora
Insiste, eu não possa me esquecer

Dessa dor que bem distante mora
Que é choro mais agudo agora
Que aquilo em que se possa crer
Pois dela não se pode defender

E ante ouvidos surdos, implora
Todo ente vivo como que ora
Sem ter um que venha socorrer,

Clamando ajuda que já se demora
Rogo inaudível?! Até se pode ver,
Quase tocar – incrível – ensurdecer.

Francisco de Sousa Vieira Filho

FOTO: kate macdowell - 100107.jpg Disponível em: http://obviousmag.org/

sábado, 26 de março de 2011

A.TRAVE.SE.ÍA DE MIM


A.TRAVE.SE.ÍA DE MIM


Consultei meu atraso de mim,
Nos ossos,
Nus dias,
A saber bem sou assim,
Exato,
Como me medias;
Se dos medos que, um tanto,
Cultivei, hoje sei,
Que um dia hei...
Fez-se, em mim, esta lição:
De que desperto, vivo,
Nas lutas de que são feitos
Os dias
E inda mais vivo
Torno
Estou sempre noutra margem
À margear o que sou
- Inatingível -
Distante
De mim,
De tudo,
E do mundo;
Fitando - crédulo –
O triste rio
Em que me rio de mim...
Infindo rio,
Que ninguém ousa
Atravessar...
Pois que é trave e entrave
No olho do outro
O cisco no seu.

Francisco de Sousa Vieira Filho

FOTO: http://yayeveryday.com/post/9676.jpg

quarta-feira, 23 de março de 2011

ÉS.POSTA CARNE.E.FERA


ÉS.POSTA CARNE.E.FERA


Tá.aqui.que.ardia
Era cor, ação,
Mas há eras não,
Inda que t[e]ardia...
E [há uma] inação,
Que diz.simula
– inerte –
No diz.senso
Se diverte,
Sem ter algum,
Sem ter noção;
Se gana fosse,
Previa são,
Mas me dou ente
Persistente;
E nus dias
De te florir
É que foice
Ceifou
Pé cá do
[Me.do] o [eu]
Pé lá dá
Cor.agem
Me falta o ar
Mas sê.cura
Que me dá
Que ao fazê-lo
Nesta altura,
Nua em pêlo
Firo a fera
Que é ela

Francisco de Sousa Vieira Filho

Foto: minha

domingo, 6 de março de 2011

SÊ CÁ QUE SE DIZ.HÁ.FOGO JÁ SE APAGOU


SÊ CÁ QUE SE DIZ.HÁ.FOGO
JÁ SE APAGOU

Carnavais
Vão
Se diz: ah, finados!
Os sentimentos
Passados
Em que se
Mergulha.a.dor
Que dor-ida
É que se foi
Foice ela
E eu d’olor ido
À cá ficar
Mas nem perfume
Dela fica
Se à deriva
Fico
Que dê.cifra
É dar valor;
É querer conhecer
Di profundis;
Mas valor algum
Me.do.eu
Me[ço a] dor
Que é nossa
A dê.sê.já
Mesmo por triz
Que nos seja ou haja
Um bis
Se na pauta fria
E fixa dos dias
Tu te ias
E sol não se fica
Se de mãos dadas
Quer mudas
Quer mudadas
Troco as tuas
Por outras
Assim, zen, tá!
Na quarta-feira
De cinzas
E todas mais
Se outono
Não estou
- Esta.ação
Que não se foi -
As folhas
É que se foram

Francisco de Sousa Vieira Filho

FOTO: minha 

sábado, 5 de março de 2011

...[H]À FERRO E FOGO!


...[H]À FERRO E FOGO!

Marca.ante-me os pés
Li.bido de beber suave
Que, se lê, há vontade

Francisco de Sousa Vieira Filho

FOTO: minha