terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
SÓ.FIZ.MÁ COISA
SÓ.FIZ.MÁ COISA
[...]
- Ah, tô tentando equilibrar meus sentimentos, por isso não posso ter envolvimentos... ainda mais sabendo que não vão ter durabilidade... hoje em dia quase nunca têm, né?!... A gente aprende, sabe... você sabe, acaba sabendo, o que vai ter durabilidade, o que não vai ter...
- Mas nada dura pra sempre.
- É... eu sei disso, mas outras coisas duram menos ainda... elas podem até não durar ,mas o impacto que elas podem causar pode... durar...
- Por vezes, as coisas que menos duram conservam o sabor doce da primeira prova, ao passo que algumas que se prova por muito tempo, ficam amargas... é como o chiclete... quando se masca por muito tempo, perde o açúcar.
- Mas a vida não é só de doces sabores [...]
- Mas são os melhores, há de convir... e são eles que levamos na lembrança... os mais doces, os mais suaves... as coisas ruins quem quer lembrar?!
- Ninguém, claro, mas não estamos no paraíso, meu caro... e as ruins servem pra alguma coisa [...]
- Sim, servem... pra aprendermos o gosto do doce em oposição ao amargo e buscarmos o doce.
- ahh, isso sim.
Francisco de Sousa Vieira Filho
FOTO: minha [hotel metropolitan - Teresina - PI]
Marcadores:
prosa poética
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