The Lair of Seth-Hades: 08/29/10
Arte: Meats Meier - http://beinart.org/artists/meats-meier/gallery/meats-meier-2.jpg

Presente do amigo Zorbba Baependi Igreja - artista plástico, poeta e um dos idealizadores da Revista Trimera de Letras e do Projeto Academia Onírica [poesia tarja preta].

LIRA ANTIGA BARDO TRISTE & LIRA NOVA BARDO TARDO

Galera, estou pondo uma conta PagSeguro à disposição, para quem [assumindo o risco por sua própria alma] tenha interesse em adquirir um de meus livros [Lira Antiga Bardo Triste ou Lira Nova Bardo Tardo]. O custo de cada exemplar é de R$ 10,00 + R$ 5,00 de frete. Valeu! :D

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Pag Seguro - compra dos livros

Carrinho de Compras

domingo, 29 de agosto de 2010

FRENTE & VERSO e BAFEJAR DE DEUSES



FRENTE & VERSO

No verso, toda folha tem ranhuras
São teias com inscrições obscuras
E veias de um amarelo insondável
Que, também, faz-se inquebrantável

Elo.si.dando aquilo que procuras
No seio, doutro seio, quer amável
Se quer dá-se além palavras duras
As que caídas em papel palpável

E atordoa outros papéis encena
A todos marca o mesmo triste emblema
Que amarela ou amarele, tudo quebra

E não se pode bem fugir a esta regra
Que amar.é.lá[r], pois aqui é só blasfema
Que, do outro mundo, a.mor te acena

Francisco de Sousa Vieira Filho
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BAFEJAR DE DEUSES

À boca tua que ao mundo beija      
Que outro sabor deveria afeiçoar-te
Senão o que mais tempo passa aí?!

O doce da hortelã que ela bafeja
Só, em fugaz instante, vem felicitar-te
Sonhos dum mundo distante daqui

Francisco de Sousa Vieira Filho
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PORQUE BELO [E JULGO ATÉ MELHOR QUE O MEU], TOMEI A LIBERDADE DE PÔR AQUI, LADEANDO A ESTES, A RESPOSTA POÉTICA CARINHOSAMENTE FEITA AO SONETO FRENTE & VERSO PELA POETISA ADRIANA ARAÚJO DO POLENRADIOATIVO. ESPERO QUE APRECIEM:

DIVERSO

Aquilo que na folha já nasce enraizado
Enquanto amarela, difícil é que pereça
Nas ranhuras, que aparece derramado
Ensina, de risco, manter distância ilesa.

Atento, há de ver em papel manchado
Triste alimento que lhe corre nas veias
Amarelo esquecido de um tempo gasto
Compulsão perdida contra sorte alheia.

Diverso seria escolher outra passagem
Quer amarele o inverso posto, medeia
Quando amor te calcina a vã miragem,

Em desamparo, na busca do que seiva
Amarelado cobertor d’uma escrita torta
No seio, a solidão do verso que mereça.

Adriana Araújo polenradioativo


FOTO: Francisco de Sousa Vieira Filho