ARTE: http://fc44.deviantart.com/fs27/f/2008/160/d/8/GenericPostApocalypticShaman_by_jeffsimpsonkh.jpg
quinta-feira, 8 de abril de 2010
ESFINGE DOR
ESFINGE DOR
Dizem do perfume
Que ele singra mares,
Que se eleva ao cume
Siga em outros ares.
Invade-nos as narinas,
E desnuda os véus
[Sutis do mundo dos sonhos]
Se redesdobra em cortinas
E desbrava os céus
A rememorarem tristonhos
O que ora se ficou
E se então acolhe vírgulas
E se nunca diga ou
É que até de reticências
Consome as referências
Que ele atropela aos pontos
A continuar e sempre
Pois até que fiquem tontos
Nos ciclos que adentre
Não se dá outonos
Sem arreios, nem peias
Não admite donos
E sempre a mancheias
Segue transbordante
Pois se num instante
É dos verbos velozes
Seu mais afável amigo
E zomba dos algozes
A cortejar os seus favores
Se nesta via que sigo
Deixa rastros multicores
E redescubro então
Que nos invernos
A beijar-se em dores
Seus abraços ternos
O façam malquisto
Mas se vibra no verão,
Não é nem por isto
Que lhe pulsa o coração
Que da prima Vera
É o seu querido, amado
E mais dileto filho
Nada mais que mera
[Ilusão]
Dizem poder senti-lo
Mas ninguém lhe vê
E nessas cores tinge
Imaculada esfinge
És fingidor
ARTE: http://fc44.deviantart.com/fs27/f/2008/160/d/8/GenericPostApocalypticShaman_by_jeffsimpsonkh.jpg
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