terça-feira, 6 de abril de 2010
SENTINELA
SENTINELA
Na solidão das febres outonais, ele te vela
E zeloso te protege, qual se anjo querubim
Na malquista das horas, ele logo se revela
O coração que te é chegado, o mais afim
A decantar meias-verdades que se espera
Nublem as partes que pareçam carmesim
Aos lábios loucos que te são os desta era
Se te oculta a peça ausente, e faça assim
É que na dor de não sentir-te, ele pondera
E não se importa perca a si antes do fim
E nessa mansa paciência é que te espera
Mesmo o nada, inda o não, ou mesmo: sim
É que te priva a face, o mundo e esta fera
A tola voz que inda te faz pensar em mim
ARTE: http://wlop.deviantart.com-art-Daybreak-143798648.jpg
[Daybreak_by_wlop]
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