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domingo, 26 de setembro de 2010
DE LÍRIOS E DE LUCIDEZ
DE LÍRIOS E DE LUCIDEZ
Basta olhar os lírios do campo um tanto
A querer bem perscrutar se saiba quanto
Que dor-mente se nos faça a dor alheia
Por seu simples perpassar em outra veia
Qual se a noite aclarasse num decanto
O que a faina de outros ombros nos permeia
Do que, súbito, desperta, e por encanto,
A consciência enredada nesta teia
De olvidar a dor do mundo, o triste pranto
Engana-dor quem fecha os olhos e campeia
A triste senda que, soturna, lhe é por manto
Neste delírio lirial não ouça o canto
Tão densas trevas que, na luz, ele descreia
Com-parte-ilhada a dor do outro seja meia
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