sexta-feira, 24 de junho de 2011
EM.TÁ,LHE.ANDO & LEVIATÃ
EM.TÁ,LHE.ANDO
Para a amiga Zélia Guardiano,
pela amizade, o estilo ímpar e a inegável inspiração
Entalhe
A fenda
Em uva
Defenda
O talhe
À vulva
Detalhe
Penda
A chuva
Te calhe
Emenda
À Luva
Se Falhe
A Lenda
Turva
Farfalhe
A senda
Em curva
Francisco de Sousa Vieira Filho
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LEVIATÃ
Diz.com.nexo se.te.ando ou parte.se.par...
Que esta.ação de parte.ida te é.de.ficar
Ao tatear as frontes baixas na multidão
Esgarça-me os becos mudos da solidão
Como tentasse segredar flor em deserto
Questionar se me disto ou se estou perto
E há salto na alma, como se fosse fácil
Autor.ía, já não vai, como se fosse fóssil
‘Sem’.tem.cio, se tenciono-te inda mais
A querer se me prolonguem tantos ais;
Se me acossam, conjuro lonjuras de mim,
Tanto possam me acordam acordes do fim
O conteúdo manteúdo n’alma se apega
Edifício percebesse o sagrado na entrega,
A que todos se dão sem sentir, sem saber;
Só me resta então, na vertigem do crer
Que cicia nos vãos que separam os toques
E espreita na distância infinita das carências
Diz.par.idades nos são ímpares, à cada idade,
Se renovam, como novos renovos nos ares
Bruxuleia chama esperança entre teus pares
Tola criança, te li.que.é.feita, à toda prova
E que a todo dia, e à toda hora, se renova
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