ARTE:
quarta-feira, 7 de abril de 2010
INCORPORANDO CLARICE
INCOPORANDO CLARICE
— Espero tudo esteja melhor quanto àquilo que te chateava ontem.
— Tá... tô melhor sim [...] tô melhorando...
— Hum... que bom então...
[...]
— Calada... caladinha... quase monossilábica... [risos] tá tudo bem mesmo?!
— [risos] Mais ou menos... É que essa semana muita gente tá tentando me analisar... tô quase virando um caso de estudo...
— Hummm... entendo... é complicado... ser observado, analisado, dissecado, pesado, medido; ver fazerem e refazerem tudo de novo... I hate it!
— Hum rum. Exatamente. Me senti exatamente assim.
— Fosse Clarice Lispector te aconselhando, ela diria algo do tipo: sorria, você está sendo filmada. Aproveite o momento. Faça pose. Dê o que querem. As pessoas, às vezes, adoram um circo. Seja uma felina. Uma felina de circo. E uma felina feroz, a despeito da jaula. E morda, morda de vez em quando. Vão sentir o quanto o revés é ‘bom’, quando forem eles ‘os observados’. Observados por olhos de caçadora.
— Adorei! Tava procurando algo forte assim pra descrever como me sinto. Me manda na íntegra, vai!
— Oxe, eu que escrevi [risos]. Fiz de bate e pronto agorinha mesmo...
— Ah, só se incorporou Clarice... [risos]
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