sábado, 18 de setembro de 2010
TÁ.TE.ANDO AQUI AMOR TE AH.NUM.CIANDO MAIS
TÁ.TE.ANDO AQUI
AMOR TE AH.NUM.CIANDO MAIS
E eu me pego aqui,
És.tocando-te alimento,
Pra sem[ti] depois...
Pois bem sei,
Logo vais me deixar...
E que não tarda a tarde
Em que te vais...
É que aproveito
Estes meus ais
Que não de dor
Comigo estão
Mas não contigo
Enquanto juntos...
Ainda...
Leve e pouco a pouco
Foice mudando.
E eu sem ti tudo...
É o que me eras.
Te vi agindo diferente,
Ao passo que eu
Me viajando aqui
E tá.te.ando ali,
De um lado pra outro,
Sem sair do lugar,
A pressa.em.ti
Que invernos eram.
E mesmo a despeito
Dos momentos
Em que em.cruz.ilhada
Em meu corpo eras...
Passadas...
Ainda em.ti.mi.dá isso,
Mas não dá mais.
Cama.arada sempre
Esteve a te esperar
Porque flor.é.ser-te.
Mas não vingou,
Ao peso do desprezo
Estéril teu.
É que o teu ensejo
Já não seja mais o meu.
Em.levada de si
Em seus laivos sucessivos
Você veio rio caudaloso.
Vestida da tristeza mais fria,
Enregelada pele tua,
Como há muito já me vinhas...
Vinho amargo.
E eu te cingi de sol da manhã
A cada vez que vi,
Como agora,
Que já não eras há eras.
Restou esse buraco negro,
A desmontar-se.
Mas persisti e te segui,
Como sigo
Em meu cismar sísmico,
A te sentir cada mínima nota,
Cada pequena nuança,
Da imperceptível mudança,
Que em ti já sentia,
E que já se ah.num.ciava,
E há muito,
Como sem querer acreditar,
Mas como ainda assim.
E o acre dito que de teus lábios
Vomitarão, lava vulcânica, um dia,
Também hei...
Sei que sempre foste pendular:
Longe, se me estava perto,
Perto, se longe estávamos,
Ah, mas como, sim, tu...
Mas já sem ti
Se é só comida fria...
Pois sei que foice
Há tempos ceifou-te
Flor.esta
Que Deus
O nome deu
Amor.
Francisco de Sousa Vieira Filho
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