Qual o ancião que o triste vão tateia
E segue perambulando na penumbra
É o ente humano e antes que sucumba
Desvencilhar-se, deseja, dessa teia
Numa mão traz consigo fraco archote
A iluminar a escuridão em que imerso
Legado a que Prometeu fizera trote
Que é teu, é meu, e é nosso anverso
Pois que só diminuta porção por vez
Faz brotar conhecimento de seu lume
E esquece na negrura, na decrepidez
O que outrora se lhe era como cume
Assim fazendo transitemos na aridez
Tão pequenino frasco em tal perfume
Francisco de Sousa Vieira Filho
ARTE: fffound - 3677500647_2d04995a97_o