quarta-feira, 10 de março de 2010
DA INCERTEZA
DA INCERTEZA
Se incerto é o terreno e o pisar não é seguro,
Se eu terei de passar por areia movediça,
Que me deixem morrer ao encarar tal liça
Pois que, então, ressurgirei bem mais maduro...
Sem trazer comigo arrependimento um,
Ou guardar no peito um remorso algum
De, com vigor, a alma não haver lutado
Que só causa arrependimento o que se faz
O que não se faz é revisto e remontado
Por uma vida inteira, ou até mais.
Francisco de Sousa Vieira Filho
FONTE: VIEIRA FILHO, Francisco de Sousa. Lira Antiga Bardo Triste. Teresina - PI: Gráfica e Editoria O Dia, 2009. v. 500. p. 41.
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