domingo, 2 de maio de 2010
APRENDIZ
APRENDIZ
No quadro que das coisas se diz fútil
Enquadra a cada qual em seu contexto
E te abisma, tudo guarda algo de útil
As banais e as mais tolas, sem pretexto
Com desdém a que tomas e degolas
Distante da sabedoria é que te poisas
A ti também te sacrificas, a ti imolas
Se divisas assim sejam estas coisas
Pois o que hoje te parece suma seiva
Pode bem ser aos olhos de um sábio
Que lhe seja o vulgar e de pior eiva
Mas mesmo o sábio a isto ele releva
Que lhe é da vida o caro provérbio
No tempo e a caminho, tudo enleva
Francisco de Sousa Vieira Filho
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