quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
A.PRECE.EM.TI
A.PRECE.EM.TI
Água.ar.dar
Que é ardente
A oferenda farta,
Que sem.ti vem.tu
Eriçando pêlos
Cantos e os da grama;
Qual pressentimento
A pressentir tormento;
E é vertigem que verte
Insertas incertezas;
Um palimpsesto a pretexto
De turvar o contexto
De que possa haver
Algo
Pra lá de além
Daquilo que nos [com]vêm,
Sem nem mesmo ver/ter,
Quando tudo então
Nus, falta...
Quando a vista embaça
E o que quer se faça
Não parece palatável
Nem o carinho afável,
Em meio aos destroços,
Ao quebrantar de ossos,
Em que bailam loucas
Estas sombras poucas,
Que, com vozes de veludo,
Seguem roucas,
Engolfando tudo.
E mesmo que a si neguem,
Nesta imensidão,
Que é de pôr só;
Seja de [pôr são];
A depor aqui;
Se dê, por inteiro,
Ao pote, sede
Indecifrável,
Tu
Francisco de Sousa Vieira Filho
FOTO: minha [ponre estaiada - Teresina - PI]
Marcadores:
experimental,
filosófico
Assinar:
Postagens (Atom)