quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
POEMETOS DA HORA DERRADEIRA
EQUILÍBRIO
Sob a égide do medo,
Se deixa de viver;
Quem vive sem prudência,
Por certo,
[igual pecado]
Logo há de fenecer.
Equilíbrio delicado
Desperto
Como se tal ciência
Revelasse o que há de ser.
Francisco de Sousa Vieira Filho.
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REDENÇÃO
A aceitação do erro,
Da falibilidade humana,
É o que nos absolve...
Cativeiro semicerro
Que aos incautos engana,
Quando então nos volve,
É a santidade distante,
O irrealizável guante
Imposto por não-santos,
[Como nós]
A despeito sejam tantos,
[Também sós!]
O que mais ainda lhes condena
E só lhes assoma a pena.
Francisco de Sousa Vieira Filho.
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ARTE: http://data.tumblr.com/0ZEBnoQrc67dkc24ZvySUokC_400.jpg
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O SEGREDO DO ABISMO
E pelas vagas seguirei inconformado,
Negando-me até o menor linimento,
Se me oculta o rumo, o firmamento.
Tão certo quanto a amplidão do mar,
Se é vivendo que se aprende a viver,
Que por certo é imprescindível crer.
Preciso se faz beirar o tredo abismo
E saber menos dista o distante cume
De um tal lugar, sem qualquer lume
Num tal buraco que não tenha fundo
Que se saiba ser inútil se desesperar
Que isto não é nunca o fim do mundo
Francisco de Sousa Vieira Filho
FONTE: VIEIRA FILHO, Francisco de Sousa. Lira Antiga Bardo Triste. Teresina - PI: Gráfica e Editoria O Dia, 2009. v. 500. p.11..
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