Ao final.
terça-feira, 2 de março de 2010
SUPREMO TRIBUNAL
SUPREMO TRIBUNAL
Quem és tu???
Quem és tu, que chegas manso
E logo nos engendras ranço?
Tu, que por vezes trazes
A paz acolhedora do ninho ,
Em outras tantas pareces
O algoz dragão-moinho !
Tu, sempre nos guia e direciona ,
Mas há dias em que nossa paz também tenciona .
De há muito que te persigo ...
És como a luz que ao horizonte fito...
Também és, para mim, sinal de perigo ,
Vendo-te, assim, de ti corro aflito
E sequer posso afastar-te com meu grito .
Por vezes és juiz
E lança-me à face tudo o que fiz .
Em outras, sendo algoz ,
Fere-me com seu grito feroz .
Também és manso regaço,
Quando coisas Certas faço.
Certas coisas Certas ,
Que se me nego,
Abrem-me os olhos de cego
E ferem-me como setas ,
Bem agudas decerto,
Para que longe eu fique do deserto.
Supremo Tribunal da Consciência,
Que nos ensina a Lei da Boa-Vivência,
Oh, Supremo Tribunal,
Cuja Justiça Absoluta é o fanal,
Guia-me com teu canto ,
Para que eu não caia em pranto ,
Num triste canto,
Ao final.
Ao final.
Francisco de Sousa Vieira Filho
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