The Lair of Seth-Hades: NÓS PARTE IDOS
Arte: Meats Meier - http://beinart.org/artists/meats-meier/gallery/meats-meier-2.jpg

Presente do amigo Zorbba Baependi Igreja - artista plástico, poeta e um dos idealizadores da Revista Trimera de Letras e do Projeto Academia Onírica [poesia tarja preta].

LIRA ANTIGA BARDO TRISTE & LIRA NOVA BARDO TARDO

Galera, estou pondo uma conta PagSeguro à disposição, para quem [assumindo o risco por sua própria alma] tenha interesse em adquirir um de meus livros [Lira Antiga Bardo Triste ou Lira Nova Bardo Tardo]. O custo de cada exemplar é de R$ 10,00 + R$ 5,00 de frete. Valeu! :D

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Pag Seguro - compra dos livros

Carrinho de Compras

terça-feira, 3 de agosto de 2010

NÓS PARTE IDOS



NÓS PARTE IDOS

Nessa arte
Que faz parte
Parte ido,
Se vai junto
Ou algum pedaço
Antigo fica?

Se partido assim
De todo
Não me vou

Que a metade afim
No lodo
Lá ficou

[Nos idos
Do primordial]

E se foi
Deixa de ser,
Será [ou não],

Algo persiste,
Algo insiste,
E que não muda não

A que reconheçamos
Fomos e seremos
Pois sejamos...

E nem bem importa
Que nome escolhamos
Dar para o tal algo...

Ele nos aporta
A que saibamos
Quão fildalgos
Sumos

ARTE: PETER CALLENSEN -> http://yayeveryday.com/post/8288 &  http://www.hipbip.com/2009/11/peter-callesen/

20 comentários:

Nadine Granad disse...

Ah, que gostoso de ler!
Muitíssimo musical, além das palavras geniais-nãopartidas [sempre]


Beijos =)

Moni Saraiva disse...

Somos os inteiros mais despedaçados que se pode imaginar...

Saímos deixando de nós por aí, por querer ou não.

Mas trazemos também.

De pedaço em pedaço, nossa suposta inteireza...

Lindo poema, sempre...

beijos,
Moni

Pólen Radioativo disse...

Cadência perfeita! E de um sentimento tenso, de uma beleza que inquieta... que parece se afligir com o que parte.
Lindo mesmo!!!!

Um beijo.


... E se ainda assim, persistir a indecisão tangente... que mesmo "parte idos" fiquemos... e deixemos que os "nós" atem o que nos parte...

Zélia Guardiano disse...

"Ou algum pedaço antigo fica?"
Penso que sim, Francisco amigo...
A vida é um eterno juntar/colar cacos...
Lindo demais o seu poema! Você tem o mapa da mina...
Enorme abraço, todo entremeado de gratidão pelas visitas...

Anônimo disse...

Um amigo poeta, adorei conhecer seu cantinho e obrigada pela visita

Francisco de Sousa Vieira Filho disse...

Beijão, Nadine! Tentando alçar vôo noutras searas poéticas... ;)

Francisco de Sousa Vieira Filho disse...

Somos os inteiros mais despedaçados que se pode imaginar...

Saímos deixando de nós por aí, por querer ou não.

Mas trazemos também.

De pedaço em pedaço, nossa suposta inteireza...


Moni

Francisco de Sousa Vieira Filho disse...

Parte é corte, parte é a jornada... tentei deixar musical, na forma, sem perder a nota de fundo ao conteúdo... mas a tristeza de que é prenhe vem dessa idéia de incompletude, sempre...

Beijão, Dri! Aqui e noutros campos polinizas sempre, com precisão e delicadeza!

Xêro, menina! ;)

Francisco de Sousa Vieira Filho disse...

A vida é um eterno juntar/colar cacos... Zélia Guardiano

Oi, Zélia, o poema da cigana me deixou uma impressão que não sei se tens nas tuas referências, algo me lembrou muito Neil Gaiman, autor de Sandman [história em quadrinhos para adultos] - é um clássico, premiado no mundo todo, ano retrasado [se não me engano] esteve na FLIP numa das tendas mais disputadas...

Francisco de Sousa Vieira Filho disse...

Seja bem-vinda, Luciana Klopper! A casa é nostra! :D

Anônimo disse...

Parto-me em várias ao escrever, e ao ler os amigos que admiro, recolho algumas partes, tenho vontade de ser inteira.

Beijo, amigo.

Francisco de Sousa Vieira Filho disse...

Saudade de não sei quem
Vontade de não sei quê
Que arde eu não sei onde...


Sentir qual fôssemos, não frações, inda que inteiras, mas o ser que parece depender [e não falo em termos materiais] de outro ser, é mesmo "ser do encontro". Nos vemos no outro, no que há de comum, de igual, de similar...

Sempre me pergunto como cientistas podem dizer não haver vida em marte por exemplo, simplesmente porque nada conseguiram ver de vida similar à nossa, mesmo usando espectro visual pouco aquém do infra-vermelho e pouco além do ultra-violeta [vá lá, por vezes usando até raios X], mas se o espectro visual é infinito, eu me perguntava, eles não podem dizer que não há vida, apenas que não há vida como a nossa, ou que não conseguiram ver...

Enfim, só vemos e nos identificamos com o igual ou no máximo similar - montamo-nos de cacos dos outros, de fragmentos alheios tão-nossos, sobre uma matrix genuína, essencial, ou algo que o valha?! - Assim me parece... ;)

Beijão, Lara, minha amiga! Ins-piração! :D

Lia disse...

nós se desfazem.
Beijo

Celso Mathias disse...

ESPETACULAR!!!

E VOCÊ ESTÁ CERTO... não é meio para fim, mas é fim em si... ;)


UM FORTE ABRAÇO

Francisco de Sousa Vieira Filho disse...

Nós se desfazem; nós desfazemos; nós nos desfazemos...

Beijão, Lilian!

;)

Francisco de Sousa Vieira Filho disse...

Forte abraço, Celson Mathias! Seja bem-vindo! Faz um tempo aprecio silenciosamente tua arte, hoje resolvi me pronunciar! Sinta-se em casa também por cá! ;)

Celso Mathias disse...

PELO NÍVEL D SEU BLOG...EU QUE VOU ESTAR AQUI SEMPRE!!! VALEU POR SE PRONUNCIAR!!!FORTE ABRAÇO E VOU ADD!!

Alexandre Lessa disse...

Sempre deixando um pedaço generoso de ti para nossa apreciação, esse é Francisco na minha concepção!

Bela poesia, abraços!!

Francisco de Sousa Vieira Filho disse...

Muito lisonjeia o que diz, Celso, sou fã de seus desenhos e pinturas - passeio por lá sempre... Forte abraço! ;)

Francisco de Sousa Vieira Filho disse...

Aos pé d'aços cá... :D

Forte abraço, El Bailaor!