terça-feira, 16 de março de 2010
TERRA SANTA GUERRA SANTA
TERRA SANTA GUERRA SANTA
“Homo res homine sacra.”
Sêneca
Quem terá dado o primeiro tiro?
Aguda é a resposta que perquiro
Será dele a culpa desta guerra?
Não importa, o mutilado berra
Quem atirou a primeira pedra?
O pecador, de pronto, medra
O que não peca até que poderia
Justo por isso é que jamais faria
Se incoerentes vivem em guerra
Seduzidos por material encanto
A digladiar por território santo
Logo a luz ao véu negro desterra
E qual criança que chora se erra
Seres sagrados caem em pranto
Francisco de Sousa Vieira Filho
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filosófico,
soneto
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15 comentários:
E as aliterações me encantam...
Adorei, Francisco!
;*
Francisco,
Não há santidade na guerra. Nem na subserviência. E equilibrar os polos?!
O poema é muito bom!
Abração.
Obrigado, Dina... bjão! ;)
Oi, Marcelo, tudo bem? A idéia é justo essa - contrapor a sacralidade da vida à tolice da guerra [sobretudo quando se lhe apõem - e indevidamente - o adjetivo santa...]
;)
Como se fosse possível alguma guerra ser santa...
Shalon Adonai Francisco.
Oi, Sílvia, tudo bem? Era o que discutia com o Marcelo há pouco. Não só é possível, como só há uma guerra legítima - e santa por isto mesmo - aquela que se dá no palco interior, no campo de batalha íntimo: na mente e no coração... a de que trata o poema, não... ;)
já cantava o r.russo: nenhuma guerra pode ser santa.
forte teu poema.
como deveria ser mesmo.
grande abraço!
Forte abraço, Í.ta** :)
Nem a poesia encontra sentido para aquele que vê diferença no semelhante.
Sinto que, escrevemos nossos anseios, até que somos mais iguais...
Beijo.
Show seu post, eu estava lendo seu curriculum.Pensei quando eu crescer quero ser igual vc, di verrrdadii, Parabéns. obrigada pelo seu carinho em meu blog, tm sempre um afeto lá.com carinho
Hana
Oi, Lara, tudo bem? Concordo: no externar por palavras o que pensamos e sentimos, vamos divisar uma tênue luz do quanto somos parecidos [nos anseios, nos 'sentires', etc]... embora julgue haja em cada um algo de único, singular...
Beijo, menina!
;)
Oi, Hana, estou só engatinhando, acredite... no mundo acadêmico é só o começo da jornada... mas, é como disse lá mesmo, há uma abissal diferença entre o que se é e o que se faz... esse mundo doido em que vivemos dá mais valor ao que fazemos... o que somos é sempre mais... Beijão, menina, e obrigado por sempre vir por cá também...
;)
- há menos santa
e mais terra -
sabemos
É o que nos lembra, Sêneca, o 'homem é coisa sagrada para o homem' :D
Forte abraço, Henrique!
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