The Lair of Seth-Hades: Lira Antiga Bardo Triste
Arte: Meats Meier - http://beinart.org/artists/meats-meier/gallery/meats-meier-2.jpg

Presente do amigo Zorbba Baependi Igreja - artista plástico, poeta e um dos idealizadores da Revista Trimera de Letras e do Projeto Academia Onírica [poesia tarja preta].

LIRA ANTIGA BARDO TRISTE & LIRA NOVA BARDO TARDO

Galera, estou pondo uma conta PagSeguro à disposição, para quem [assumindo o risco por sua própria alma] tenha interesse em adquirir um de meus livros [Lira Antiga Bardo Triste ou Lira Nova Bardo Tardo]. O custo de cada exemplar é de R$ 10,00 + R$ 5,00 de frete. Valeu! :D

P.S.: a PagSeguro não fornece um sistema de cadastro de vários produtos, de modo que, quem efetue a compra, deve me enviar um e-mail [iarcovich@hotmail.com], ou mesmo me deixar 'comment' aqui mesmo num dos 'posts', dizendo qual exemplar deseja receber. Por hora, a forma de pagamento disponível é apenas a de boleto bancário. Amanhã já liberam pra cartão. ;)

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terça-feira, 11 de agosto de 2009

Lira Antiga Bardo Triste


Há tempos que não posto nada neste espaço... e venho cá pra comemorar a realização de um pequeno sonho: a publicação de meu primeiro livro... dentro de 5 ou 8 dias está saindo do forno meu livro de poesias... uma tiragem modesta - 500 exemplares pela gráfica do jornal "O Dia" daqui... eu mesmo estou custeando... terminamos hoje diagramação e arte no 'InDesign'... o pessoal da gráfica é super gente fina (Elane e João Paulo fizeram tudo com muito esmero)... ainda estou matutando onde fazer o lançamento... uma amiga jornalista e alguns colegas professores sonham coisas grandes demais para um livro tão modesto (risos), mas vou ponderar direito isso tudo... confesso curtir mais contos e o livro de poesias vai ser meio que cobaia pro outro, já com quase 120 páginas e gestando... o título é "Lira Antiga Bardo Triste"... casou bem porque não me preocupei em fazer uma seleção dos melhores poemas... poesia - no fim das contas - é desnudar-se, então pus de tudo, coisas novas e antigas, desde poesia de nível até aquelas candidatas ao prêmio "bela merda" rs... (deixo para que o leitor julgue)... também no fim das contas, nem sempre o que a nudez revela é algo belo ou digno de apreciação rs... ah, mesclei ainda poemas antigos, de métrica rígida e fechada (sonetos via de regra) e poemas mais soltos e contemporâneos, mas - ainda assim - prevalecem os primeiros, daí então o título... bem, aqui vai uma palhinha ou duas desta nova empresa pra brindarmos a isso... espero que apreciem...

ESPELHO

Não é com desdenhoso pouco espanto
Que se constata a distorção do espaço
Raro se desfigurar o rosto a cada passo
Subcutâneo nervo, alma e cada canto

A constatar com que natural desvelo
Náusea, ânsia, choque, fúria e pesadelo
De chofre, é que nos mostram o quanto
Em frágil e débil andor de barro, o santo

Na abissal ignorância é que se compraz
Infantil joguete de um infértil nomos
Fruto do quanto o ego, dominus loquaz

Faz diversa a tosca imagem do que somos
Que se brada a altivez do espelho canho
Se refestela’lma na putridão de antanho


PLURISSIGNIFICAÇÕES PLURISSIGNIFICANTES

Eco de palavras mudas à parede contíngua
Faz escorrer nos escombros destes cinzéis
O que pareceria seja morta a muda língua
No borbulhar de tinta bruta, os mil pincéis

Fazem flua fácil a textura deste texto ágil
De uns cem mil signos plurissignificantes
Num entorno louco de verborragia frágil
E já nem se diga o que é que fora dantes

Se no rutilar de madrepérola que melíflua
Molda em pedra o cárcere pedregoso chão
E faz com que do espelho na parede eflua
De tais palavras, inda que a menor noção

7 comentários:

Gil. disse...

confesso que estou meio boba aqui...

Francisco de Sousa Vieira Filho disse...

Que bom que gostou, Gil, porque adorei os teus poemas (textos fortes, sinestésicos a ponto de que tocáveis e de uma intensidade que quase fala com voz própria...), então, assim, meio que ficamos quites (risos...)
Forte abraço, menina! Um prazer te conhecer!

P.S.: quero te ver lá no dia do lançamento... ;)

Danúbia Ivanoff disse...

adorei seus poemas
que legal que irá publica-los
parabéns hem

ps: te achei no blog da guimarães, entrei com vontade de ler mais poesias boas, só vi duas, como palhinha, entendi..

abraço
danúbia

Francisco de Sousa Vieira Filho disse...

Logo, logo vou postar mais... ;)

Por hora, aconselharia a visita ao seguinte blog:

http://essenciadispersa.blogspot.com/

;)

Francisco de Sousa Vieira Filho disse...

Danúbia, como faço pra visitar seu blog? :)

BAR DO BARDO disse...

Bons textos - é fato!

Francisco de Sousa Vieira Filho disse...

Valeu, Henrique... posso dizer, fiquei fascinado com seu trabalho, sobretudo dois sonetos o 'Do Limo' - genial! Genial mesmo!!!... e o 'Poética'... parece nos afinizamos em mesma medida com a forma do soneto... li sua entrevista e também sou "tachado" pelos amigos de 'parnasiano' ou 'neo-parnasiano'... vá lá, tenho perambulado por outras formas, mas deixa estar... rs...