terça-feira, 6 de abril de 2010
SENTINELA
SENTINELA
Na solidão das febres outonais, ele te vela
E zeloso te protege, qual se anjo querubim
Na malquista das horas, ele logo se revela
O coração que te é chegado, o mais afim
A decantar meias-verdades que se espera
Nublem as partes que pareçam carmesim
Aos lábios loucos que te são os desta era
Se te oculta a peça ausente, e faça assim
É que na dor de não sentir-te, ele pondera
E não se importa perca a si antes do fim
E nessa mansa paciência é que te espera
Mesmo o nada, inda o não, ou mesmo: sim
É que te priva a face, o mundo e esta fera
A tola voz que inda te faz pensar em mim
ARTE: http://wlop.deviantart.com-art-Daybreak-143798648.jpg
[Daybreak_by_wlop]
Marcadores:
filosófico,
intimista,
soneto
Assinar:
Postar comentários (Atom)
21 comentários:
Meio que anjo da guarda - que tenta.
Boa execução!
É o que se [sente nela]... :D
Valeu, Henrique, forte abraço!
P.S.: vi que está de volta após semana santa ausente... ando mutilando a métrica [e mesmo aqui] por 1 ou 2... no Jay-Z fizeste à perfeição...
Estar ali. É bom saber que se pode contar com...
abraços
Forte abraço, Mai! Obrigado pela visita. ;)
Que sempre se possa contar com "ele"... :)
É que na dor de não sentir-te...
tão bonito!
e eu nem tinha me ligado na possibilidade da palavra sentinela- sente nela! adorei!
O título é chave da charada... sempre dizem meus poemas muito racionais... fiz um pra se sentir [cem] sem [tido]... :D
P.S.: Ei, menina, cadê teu e-mail pra te enviar o e-book do "Na Natureza Selvagem"?!
opa! prestar atenção mais nos nomes dos poemas! email?
ta aaqui!
mudaessapostura@hotmail.com
Que bonito! (Mas olha eu enchi a boca para falar essas duas palavras.)
Está no aguardo... por detrás da voz às vezes vem algo, às vezes não.
Que lindo, poeta.
Beijo.
Bem-vinda, bela Rita! E que a poesia que em mim habita te encha e sempre [mais que a boca] a alma! ;)
Beijo, menina!
E pouco aguarde o que se sente,
E solte a voz o travo da garganta...
Beijão, caríssima Lara! ;)
Francisco,
Eita Guardião Danado. Misto de Cérbero com Ogum Megê Sete Espadas...
;)
Abração.
kkkkkk... Ogum Megê Sete Espadas é a primeira vez que ouço falar... Guardião-anjo-mentor seja lá o que for...
Forte abraço, Marcelo!
Ser observada e guardada..gostei.
Adoro seus textos (quando entendo)
são elaborados demais pro meu intelecto limitado (burrice), me dê um desconto professor :D
Passei pra agradecer o carinho de sempre e dizer que é muito bom ter vc por perto.
beijos cintilantes
Bobagem, Rê, eu - de costume - é que viajo um pouco além da conta... :D
Forte abraço, menina!
;)
...diferente dos outros, meio em 'entrega', gostei.
beijo da El
Beijão, Eliana! Sempre recebo via mail os 'posts'...
;)
"...É que na dor de não sentir-te, ele pondera."
Ou não!
Belo, Francisco.
Meu beijo.
Beijão, Priscila! Seja bem-vinda, menina! :D
Então amigo este tipo de tema rende páginas de livros sobre perdoar a sim mesmo.Pq não escreve um livro adoraria te ler.
com carinho
Hana
O livro tá escrito, mas por hora só publiquei o de poesias rs... grana, mardita, grana rs... :D
Postar um comentário