quarta-feira, 17 de março de 2010
RAISON D'ETRE
RAISON D’ÊTRE
Ao modo de um
Friedrich Nietzsche
Diáfano labor o perquirir
Haja no passado de lutas
Nas franjas mais ocultas
Eco e sombras do porvir
Dar um sentido ao devir
A mais inútil das labutas
O favor com que insultas
A liberdade de ir e vir
Indícios do que não viste
À entropia queres crivar
Inexorável dedo em riste
Por fim resta só o sibilar
De exclamação mui triste
Que tal coisa nem existe!
Francisco de Sousa Vieira Filho
FONTE: VIEIRA FILHO, Francisco de Sousa. Lira Antiga Bardo Triste. Teresina - PI: Gráfica e Editoria O Dia, 2009. v. 500. p. 15.
ARTE: http://sampaints.com/2009/10/the-crow-procedure/
Marcadores:
filosófico,
soneto
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18 comentários:
Hoje vim agradecer seu afeto em meu blog deixando aqui um carinho em forma de sal da terra esepro que goste, é minha gratidão pelo seu blog maravilhoso, e seu carinho em meu blog.
O sal da Terra
Roupa Nova
Composição: Beto Guedes - Ronaldo Bastos
Anda, quero te dizer nehum segredo
Falo nesse chão da nossa casa
Vem que tá na hora de arrumar
Tempo, quero viver mais duzentos anos
Quero não ferir meu semelhante
Nem por isso quero me ferir
Vamos precisar de todo mundo
Pra banir do mundo a opressão
Para construir a vida nova
Vamos precisar de muito amor
A felicidade mora ao lado
E quem não é tolo pode ver
A paz na Terra, amor
O pé na terra
A paz na Terra, amor
O sal da Terra
És o mais bonito dos planetas
Tão te maltratando por dinheiro
Tu que és a nave nossa irmã
Canta, leva tua vida em harmonia
E nos alimenta com teus frutos
Tu que és do homem a maçã
Vamos precisar de todo mundo
Um mais um é sempre mais que dois
Pra melhor juntar as nossas forças
É só repartir melhor o pão
Recriar o paraíso agora
Para merecer quem vem depois
Deixa nascer o amor
Deixa fluir o amor
Deixa crescer o amor
Deixa viver o amor
(O sal da terra)
A liberdade de ir e vir.
A liberdade de pensamento, mesmo que pra alguns seja utopia, é um direito pelo qual todo ser humano deve lutar.
Beijo grande.
Oi, Hana, confesso não sou lá muito fã, mas minha mãe é, e conheço toda a obra do Roupa Nova... fã eu sou seu e agradeço o carinho... um forte abraço, minha amiga! ;)
Beijão, Ianê... Nietzsche, o eu-lírico insólito que ora se ergue no presente poema, era niilista... a verdade, a liberdade, todas as coisas eram [para ele] destituídas de fudamento, mera ilusão do gênero humano... razão de ser, razão de existir [raison d'être], seria coisa que também não existiria, viver não teria fundamento, razão, propósito, etc... tenho alguns colegas [declaradamente] nietzscheanos e me ato a discutir com eles suas idéias... li uma boa parte de sua obra, ele é genial, mas não menos louco... seja como for, nos faz pensar... ;)
... mas... existe?...
Yo creo... :D
O soneto não é arte fácil, pois não?
Quanto à entropia...neguentropia...
pero que las hay, las hay
Olá Francisco, desculpe o sumiço, ando à busca de uma nova moradia, isso tem me tomado tempo que já é tão curto... mas senti falta dos teus poemas e cá estou degustando o seu jeito Nietzsche de ser...eu brigo por esse direito de ir ,vir, dizer, pensar...
beijinho
Existe mesmo?
Que belas palavras Francisco, inspiradoras!
Um abraço!
Fácil eu não sei, prazeirosa, sem dúvida...
Bjo, mdsol!
;)
Beijão, Sílvia, e que os problemas sejam solucionados o quanto antes... ;)
Credo yo, Tânia, credo yo... :D
Oi, Juliana, seja bem-vinda e sinta-se à vontade por cá... forte abraço!
;)
eu me senti a decadas atras com esse palavreado tão rico...ei,tu é de pedro II ou de teresina mesmo?!
pergunto pq eu acho q vi uma foto e parecia c vc a pessoa na foto
Oi, Dine, tudo bem? Às vezes eu exagero mesmo rs... hey, estou em débito contigo, encontrei cá o "Na Natureza Selvagem"... pode me repassar o e-mail dps. pra que eu te envie? Ah, não, não, sou de THE mesmo... já me disseram tenho um rosto bem comum rs... ;)
Vc não escreve, arquiteta!
Muito bom, poeta.
Beijo.
Valeu, Lara, beijão... arquiteta-se por não se aquietar... :)
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