quarta-feira, 10 de março de 2010
DA INCERTEZA
DA INCERTEZA
Se incerto é o terreno e o pisar não é seguro,
Se eu terei de passar por areia movediça,
Que me deixem morrer ao encarar tal liça
Pois que, então, ressurgirei bem mais maduro...
Sem trazer comigo arrependimento um,
Ou guardar no peito um remorso algum
De, com vigor, a alma não haver lutado
Que só causa arrependimento o que se faz
O que não se faz é revisto e remontado
Por uma vida inteira, ou até mais.
Francisco de Sousa Vieira Filho
FONTE: VIEIRA FILHO, Francisco de Sousa. Lira Antiga Bardo Triste. Teresina - PI: Gráfica e Editoria O Dia, 2009. v. 500. p. 41.
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16 comentários:
É... Análise de Decisão em Sistemas Complexos, tem sido o meu estudo... nada poético não? rs
Gostei muito.
beijinho
Poético, sim, sem dúvida... pelo menos nesta perspectiva da questão ambiental, eu achei sim... ;)
Beijo, menina!
pois sim, muito apropriados os versos. incerteza que nos perssegue mesmo.
parabéns pelas construções "versais", novamente.
abraço.
Valeu, Í.ta**, forte abraço, brother...
Olá, Francisco, parabéns pela página. Muito interessante, com versos bonitos e emocionantes. É aconchegante e desperta curiosidade.
Beijos!
Remontar a vida inteira deixa-me confusa, antes não se arrepender mais?
rs...
Gostei muito do texto, poeta!
Beijo.
Oi, Lara, tudo bem?
O mote do poema é bem carpe diem... melhor sentir remorso por ter feito, que se arrepender de nunca haver tentado... :D
Beijos mil, menina!
;)
Oi, Luciana P., obrigado... seja bem-vinda e - como diz a 'pequena história':
"liberte-se do pó e da vertigem da jornada... e se permita, então, palmilhar cada canto e perder-se nos profundos meandros e sinuosidades do covil... conforto não há em suas paredes, com sombras e profundezas sutis, mas há tesouros em seus caminhos e sincera é a sua acolhida... pão humilde de uma arte menor e água sincera da boa amizade te são ofertados a mancheias... As portas da covil de Seth-Hades estão abertas..."
;)
Mais além, me arrependerei do que não fiz e deixarei de fazer apenas o que não der tempo. rsrs
Brincadeiras à parte, sempre um bom texto!
Beijos
Faz bem rs... quase proverbial rs... beijão, Lou!
...essa caminhada por terrenos desconhecidos, dias de nossas vidas.
Vamos e passamos e de lá as vezes da lama renascemos igual flor de lotus.
belos versos, gostei imenso.
beesitos!
Por vezes, parece, só o incerto, o desconhido, é o que existe... de certo só a morte?! - sabe-se lá rs... [humor negro] Beijos mil, Layara
:)
de vez em quando é tempo de morrer...
e vem logo o outro dia... e o ressurgir... melhor e maior...
lindo texto.
beijo
Obrigado, Solange... beijão! ;)
Havia deixado um comentário inteligente aqui. O comentário era inteligente, mas eu não fui o bastante, pelo jeito, para salvar o bicho.
Zero stress, Henrique, sua presença aqui vale sempre, a despeito do comentário... pra ser sincero, confesso, há um tempo havia diminuído o ritmo da escrita e - hoje - retomei o ofício com mais afinco, graças à sua influência e inspiração em seus poemas...
Forte abraço, meu amigo...
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